23 August 2008

Agosto meio que a contragosto...


Agosto é um mês meio que rejeitado em nosso calendário. Ha quem diga que este é o mês do cachorro louco, e por isso pode trazer vários acontecimentos ruins, e ha quem reclame dos incansáveis ventos que são presença garantida!

Se considerarmos o calendário ocidental, agosto é o 8o mês. Logo o 8, que é o infinito na vertical. Para aqueles presos a simbolismos, isso por si só deveria indicar algo bom, imagino.

O mês também deu margem a famosa forma de responder perguntas desagradáveis sem responder.
- Para quando é o casamento?
- Agosto.
- Já agosto?
- A gosto de Deus... hehe

Usei essa frase porque foi a primeira colocação do trocadilho que ouvi na vida.

Para nos, filhos de Deus, a parte negativa é mais do que insanidade. Porque se cada segundo já é uma dádiva do Pai pra nos, quanto mais um mês inteiro! E também seria injustiça pras tantas pessoas que amamos, que são benção, e que nasceram neste mês.

Focando na benção de Deus sobre cada dia, tenho observado bem nesses quase 31 dias a beleza de agosto.

Os fortes e insistentes ventos de agosto, montam um belo cenário nas calcadas e ruas da cidade. Acredito que seja a imagem de outono que produzimos em nossa cidade que mais se aproxima daquela mais definida vivida longe da linha do Equador. E eh deveras inspirador o movimento do vento carregando as folhas pelo chao.

Mais bonito ainda é a imagem das flores dos ipês cor-de-rosa "chovendo" com o soprar dos ventos. E no chão é formado aquele tapete colorido.


E bem antes do final do mês, as cores da primavera também comecam a se misturar a esse cenário. Com o cair das flores dos ipês cor-de-rosa, é a vez dos ipês amarelos florescerem e colorir nossos dias. Mas essas flores são de um amarelo tão vivido (tem acento aqui, mas o Word não quer dar e meu teclado tah bom não) que captam nosso olhar onde estiverem. Só que ao para o alto pra admirar as flores, aquele amarelo se une com o azul, na verdade anil, do céu de fundo, e tudo fica ainda mais vibrante.


Belo demais.


Sou uma incansável contempladora das belezas da criação do meu Pai na minha rotina. Prefiro enxergar a beleza. Nem por isso a desigualdade deixa de me machucar e me cobrar uma postura, mas escolho começar o dia e levar a minha para alem dos meus problemas, com a graça de Deus. E agradeço a Ele porque, se meus sentidos estão abertos a tudo isso, é porque foi Ele que me fez assim. Também sou obra das mãos do Oleiro.

"You are the sun shining down on everyone
Tú és o sol brilhando sobre todos
Light of the world giving light to everything I see
Luz do mundo dando luz para tudo que vejo
Beauty so brilliant I can hardly take it in
Beleza tão brilhante que eu mal posso recebê-la
And everywhere you are is warmth and light
E toda parte em que estás é quente e iluminada"

[Sara Groves]

01 August 2008