Podem comentar ou criticar, se quiserem... e não precisam ler se tiverem preguiça tb não, pq é bem grandinho...
Percorria há algum tempo um caminho seguro e tranqüilo, do qual eu sabia onde daria cada passo, imaginava o que teria no final daquele caminho. Era algo confortante.
Mas, de repente, sem que eu notasse, estava em outra estrada sem saber como havia chegado lá. Não havia flores, não havia o canto dos pássaros, havia apenas poucos raios de sol naquele bosque onde me encontrava. Ali estava eu, parada, curiosa com a respeito daquela nova situação quando um lindo som chamou minha atenção: gotas caindo em uma fonte, uma a uma, produzindo maravilhosa melodia.
A fonte não estava sozinha, ao seu redor existia um grande e misterioso castelo, triste castelo, bem como a fonte que era formada por uma estátua de um homem chorando. Daí provinha o som das gotas de água.
Curiosa com relação ao castelo e receosa de estar perdida, entrei. Por dentro ele era tão diferente! Harmonioso, bem trabalhado, nobre, enfim, de extrema beleza. A cor mais suave e esperançosa do mundo deveria ser a que coloria o interior daquele lugar mágico! Procurei por alguém, mas estava vazio. Resolvi fazer o que o castelo necessitava: uma limpeza. Então achei o primeiro registro de um antigo morador. Era um diário empoeirado, com as folhas amareladas, mas que continha uma história de vida emocionante contada por uma bela letra. Um príncipe nobre, gentil, corajoso que esperava encontrar o amor separado para ele. Uma longa e linda história que não possuía final.
Dia após dia lia aquele diário e encontrava novas cartas. Não podia se passar um dia sequer sem que eu conhecesse melhor a vida daquele príncipe que, pouco a pouco, me cativou, me encantou, aquele príncipe que não saía do meu pensamento e povoava os sonhos mais profundos do meu coração. Ansiava pelo momento em que ele regressaria ao seu castelo. Minhas esperanças de que o príncipe correspondesse meus sentimentos aumentavam à medida em que lia a descrição de sua futura amada. Tudo se encaixava, era com apenas com uma florzinha do campo que ele sonhava.
Ali estava eu... à espera da chegada de um grande amor, de um príncipe, de uma declaração, quando um vento forte soprou sujando tudo que estava limpo, enchendo de nuvens um céu antes tão azul.
A incerteza e a dúvida tomaram conta de mim. Pude ver o quão verdadeiros eram meus sentimentos e o quão mínimas as minhas possibilidades de que tudo saísse de acordo com minha expectativa. Novamente ali estava eu, frente ao majestoso espelho que havia no salão principal, diante do qual eu lia diariamente uma parte da essência daquele príncipe que ainda não conhecia e compartilhava com ele, o espelho, um pouco da minha própria essência, da minha vida.
Mas desta vez o meu rosto não trazia um sorriso e, sim, uma correnteza de lágrimas que escondia um olhar refletor da desilusão que me atingia. O que estava acontecendo? O vento, o vento acompanhado da dúvida sobre a verdadeira identidade do meu príncipe sem nome, sem rosto, sem cheiro.
O espelho na minha frente e de repente me deparo com a angústia de pensar que aquele príncipe não existe, aquele castelo não existe, aquele sonho não existe, apenas o meu sentimento existe em meio à neblina. Lá está somente uma garotinha, frágil, sincera, doce e insegura. Encontraria o caminho tranquilo outra vez? Como tudo poderia voltar ao normal depois de tudo o que aquele príncipe despertou dentro de mim?
Mas eu não fazia idéia de que o príncipe estava também no castelo. Desde a primeira vez que coloquei meus pés naquele chão de mármore ele me estudava, decifrava minha mente, meus pensamentos e meu coração. Sentia a mesma esperança que a minha, guardava os mesmos sonhos! Mas onde ele estava que eu nunca o vi?
Ele estava atrás do majestoso espelho que tantas vezes me fez companhia. Lá ele tocava, ele cantava a nossa música – que eu mesma ainda nem conhecia. E naquele instante ele compartilhava do meu momento de dor, de raiva. Raiva de mim, por imaginar que um príncipe seria o meu escolhido.
Apenas um pensamento povoava minha mente: aquele príncipe não existe, aquele castelo não existe, não existe um final feliz, existe somente aquela “florzinha do campo”, frente ao espelho, em meio à lágrimas, procurando respostas para o seu coração, esperando a dor chegar ao fim.
Sem saber que o fim da minha dor estava na minha frente. Mas mesmo que soubesse nada poderia fazer, pois o príncipe estava preso no espelho por um encanto. Era somente uma questão de tempo para ele ser liberto, eu deveria ter paciência para esperar esse tempo, sem ter a certeza de que, ao sair do espelho meu príncipe viesse ao meu encontro. Mas de nada sabia eu, que, em um momento de desespero me vi arremessar objetos naquele espelho.
Aquele espelho que revelou o meu amor e o meu sofrimento. Os objetos se quebravam mas, felizmente, o espelho permanecia intacto. Então eu parei e, debruçada no espelho, apenas chorei as poucas lágrimas que me restavam, mas que vinham das profundezas do meu ser.
E lá estava eu, perdida em meio à dúvida, perdida em meio à angústia, sem saber que o castelo existia, o meu sentimento existia e atrás daquele espelho se encontrava um príncipe que também existia – compartilhando as minhas lágrimas e o meu sofrimento, incerto, também, da existência de um final feliz.
Mas, de repente, sem que eu notasse, estava em outra estrada sem saber como havia chegado lá. Não havia flores, não havia o canto dos pássaros, havia apenas poucos raios de sol naquele bosque onde me encontrava. Ali estava eu, parada, curiosa com a respeito daquela nova situação quando um lindo som chamou minha atenção: gotas caindo em uma fonte, uma a uma, produzindo maravilhosa melodia.
A fonte não estava sozinha, ao seu redor existia um grande e misterioso castelo, triste castelo, bem como a fonte que era formada por uma estátua de um homem chorando. Daí provinha o som das gotas de água.
Curiosa com relação ao castelo e receosa de estar perdida, entrei. Por dentro ele era tão diferente! Harmonioso, bem trabalhado, nobre, enfim, de extrema beleza. A cor mais suave e esperançosa do mundo deveria ser a que coloria o interior daquele lugar mágico! Procurei por alguém, mas estava vazio. Resolvi fazer o que o castelo necessitava: uma limpeza. Então achei o primeiro registro de um antigo morador. Era um diário empoeirado, com as folhas amareladas, mas que continha uma história de vida emocionante contada por uma bela letra. Um príncipe nobre, gentil, corajoso que esperava encontrar o amor separado para ele. Uma longa e linda história que não possuía final.
Dia após dia lia aquele diário e encontrava novas cartas. Não podia se passar um dia sequer sem que eu conhecesse melhor a vida daquele príncipe que, pouco a pouco, me cativou, me encantou, aquele príncipe que não saía do meu pensamento e povoava os sonhos mais profundos do meu coração. Ansiava pelo momento em que ele regressaria ao seu castelo. Minhas esperanças de que o príncipe correspondesse meus sentimentos aumentavam à medida em que lia a descrição de sua futura amada. Tudo se encaixava, era com apenas com uma florzinha do campo que ele sonhava.
Ali estava eu... à espera da chegada de um grande amor, de um príncipe, de uma declaração, quando um vento forte soprou sujando tudo que estava limpo, enchendo de nuvens um céu antes tão azul.
A incerteza e a dúvida tomaram conta de mim. Pude ver o quão verdadeiros eram meus sentimentos e o quão mínimas as minhas possibilidades de que tudo saísse de acordo com minha expectativa. Novamente ali estava eu, frente ao majestoso espelho que havia no salão principal, diante do qual eu lia diariamente uma parte da essência daquele príncipe que ainda não conhecia e compartilhava com ele, o espelho, um pouco da minha própria essência, da minha vida.
Mas desta vez o meu rosto não trazia um sorriso e, sim, uma correnteza de lágrimas que escondia um olhar refletor da desilusão que me atingia. O que estava acontecendo? O vento, o vento acompanhado da dúvida sobre a verdadeira identidade do meu príncipe sem nome, sem rosto, sem cheiro.
O espelho na minha frente e de repente me deparo com a angústia de pensar que aquele príncipe não existe, aquele castelo não existe, aquele sonho não existe, apenas o meu sentimento existe em meio à neblina. Lá está somente uma garotinha, frágil, sincera, doce e insegura. Encontraria o caminho tranquilo outra vez? Como tudo poderia voltar ao normal depois de tudo o que aquele príncipe despertou dentro de mim?
Mas eu não fazia idéia de que o príncipe estava também no castelo. Desde a primeira vez que coloquei meus pés naquele chão de mármore ele me estudava, decifrava minha mente, meus pensamentos e meu coração. Sentia a mesma esperança que a minha, guardava os mesmos sonhos! Mas onde ele estava que eu nunca o vi?
Ele estava atrás do majestoso espelho que tantas vezes me fez companhia. Lá ele tocava, ele cantava a nossa música – que eu mesma ainda nem conhecia. E naquele instante ele compartilhava do meu momento de dor, de raiva. Raiva de mim, por imaginar que um príncipe seria o meu escolhido.
Apenas um pensamento povoava minha mente: aquele príncipe não existe, aquele castelo não existe, não existe um final feliz, existe somente aquela “florzinha do campo”, frente ao espelho, em meio à lágrimas, procurando respostas para o seu coração, esperando a dor chegar ao fim.
Sem saber que o fim da minha dor estava na minha frente. Mas mesmo que soubesse nada poderia fazer, pois o príncipe estava preso no espelho por um encanto. Era somente uma questão de tempo para ele ser liberto, eu deveria ter paciência para esperar esse tempo, sem ter a certeza de que, ao sair do espelho meu príncipe viesse ao meu encontro. Mas de nada sabia eu, que, em um momento de desespero me vi arremessar objetos naquele espelho.
Aquele espelho que revelou o meu amor e o meu sofrimento. Os objetos se quebravam mas, felizmente, o espelho permanecia intacto. Então eu parei e, debruçada no espelho, apenas chorei as poucas lágrimas que me restavam, mas que vinham das profundezas do meu ser.
E lá estava eu, perdida em meio à dúvida, perdida em meio à angústia, sem saber que o castelo existia, o meu sentimento existia e atrás daquele espelho se encontrava um príncipe que também existia – compartilhando as minhas lágrimas e o meu sofrimento, incerto, também, da existência de um final feliz.