31 December 2005

30 December 2005

Saudades!

Olá meninas!
Há quanto tempo!!
Espero que todas estejam bem.
Passei aqui prá matar a saudades, e também prá postar uma música que gosto muito, e que fala com naturalidade das despedidas...
Estamos nos despedindo de um ano, de realizações, de desejos não concretizados, de pessoas queridas... Mas temos que ter disposição prá refazer planos, conhecer novas pessoas, suportar as saudades, e cumprimentar novas surpresas. E espero que tenhamos muitas agradáveis em 2006. Boas surpresas são tão agradáveis não é mesmo?? Um abraço, um recadinho, palavras inesperadas... como é bom! Ainda mais quando as palavras são de esperança, e vem dos doces lábios do Amado de nossas almas!

Bem... acho que já escrevi coisas demais que não costumam ser do meu feitio.

Fiquem na santa paz de Deus!!! Paz tão boa e tão surpreendente, por vir em momentos tão improváveis, que eu não a trocaria por nada nesta vida!

Um grande abraço!
Ah!... Ainda tem a música...


Rasta do Adeus
Almir Sater


Vem chegando a hora
Hora de ir embora
Eu agora vou
Rever a morena
que ficou na cena
Cena que passou

Se ficar saudade
Deixa que mais tarde
ela também vai
Como vai a vida
Vou tocando em frente
Sem olhar pra trás

Coisas que acontecem
Deixa que eu lhe diga
Nada me cansou
Não senti fadiga
Porque gente amiga
Só me trás calor

Se eu tô indo embora
Não vai ser agora
que se vai sofrer
Deixa que mais tarde
Na curva da estrada
A gente se vê

Se eu deixo saudade
Vou levar também
Ter que ir embora
Todo mundo tem

26 December 2005

You and me

>> Littles, essa música é um oferecimento do nosso amigo Feijão para todas nós...

What day is it
And in what month
This clock never seemed so alive
I can't keep up and I can't back down
I've been losing so much time

Cause it's you and me and all of the people
Nothing to do, nothing to lose
And it's you and me and all of the people and
I don't know why I can't keep my eyes off of you

All of the things that I want to say
Just aren't coming out right
I'm tripping on words, you got my head spinning
I don't know where to go from here

Cause it's you and me and all of the people
With nothing to do, nothing to prove
And it's you and me and all of the people and
I don't why I can't keep my eyes off you

Something about you now
I can't quite figure out
Everything she does is beautiful
Everything she does is right

Cause it's you and me and all of the people
With nothing to do, nothing to lose
And it's you and me and all of the people and
I don't know why I can't keep my eyes off

You and me and all of the people
With nothing to do, nothing to prove and
It's you and me and all of the people and
I don't why I can't keep my eyes off of you.

What day is it
And in what month
This clock never seemed so alive
[Lifehouse]

22 December 2005

15 December 2005

10 December 2005

Crônica mais linda...

Pequenas epifanias
Por Caio Fernando Abreu

Dois ou três almoços, uns silêncios.
Fragmentos disso que chamamos de “minha vida”

Há alguns dias, Deus – ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus -, enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor. E você sabe a que me refiro.

Antes que pudesse me assustar e, depois do susto, hesitar entre ir ou não ir, querer ou não querer – eu já estava lá dentro. E estar dentro daquilo era bom. Não me entenda mal – não aconteceu qualquer intimidade dessas que você certamente imagina. Na verdade, não aconteceu quase nada. Dois ou três almoços, uns silêncios. Fragmentos disso que chamamos, com aquele mesmo descuido, de “minha vida”. Outros fragmentos, daquela “outra vida”. De repente cruzadas ali, por puro mistério, sobre as toalhas brancas e os copos de vinho ou água, entre casquinhas de pão e cinzeiros cheios que os garçons rapidamente esvaziavam para que nos sentíssemos limpos. E nos sentíamos.

Por trás do que acontecia, eu redescobria magias sem susto algum. E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido. Nada de mau me aconteceria, tinha certeza, enquanto estivesse dentro do campo magnético daquela outra pessoa. Os olhos da outra pessoa me olhavam e me reconheciam como outra pessoa, e suavemente faziam perguntas, investigavam terrenos: ah você não come açúcar, ah você não bebe uísque, ah você é do signo de Libra. Traçando esboços, os dois. Tateando traços difusos, vagas promessas.

Nunca mais sair do centro daquele espaço para as duras ruas anônimas. Nunca mais sair daquele colo quente que é ter uma face para outra pessoa que também tem uma face para você, no meio da tralha desimportante e sem rosto de cada dia atravancando o coração. Mas no quarto, quinto dia, um trecho obssessivo do conto de Clarice Lispector – Tentação – na cabeça estonteada de encanto: “Mas ambos estavam comprometidos. Ele, com sua natureza aprisionada. Ela, com sua infância impossível”. Cito de memória, não sei se correto. Fala no encontro de uma menina ruiva, sentada num degrau às três da tarde, com um cão basset também ruivo, que passa acorrentado. Ele pára. Os dois se olham. Cintilam, prometidos. A dona o puxa. Ele se vai. E nada acontece.

De mais a mais, eu não queria. Seria preciso forjar climas, insinuar convites, servir vinhos, acender velas, fazer caras. Para talvez ouvir não. A não ser que soprasse tanto vento que velejasse por si. Não velejou. Além disso, sem perceber, eu estava dentro da aprendizagem solitária do não-pedir. Só compreendi dias depois, quando um amigo me falou – descuidado, também – em pequenas epifanias. Miudinhas, quase pífias revelações de Deus feito jóias encravadas no dia-a-dia.

Era isso – aquela outra vida, inesperadamente misturada à minha, olhando minha opaca vida com os mesmos olhos atentos que a olhava: uma pequena epifania. Em seguida vieram o tempo, a distância, a poeira soprando. Mas eu trouxe de lá a memória de qualquer coisa macia que tem me alimentado nestes dias seguintes de ausência e fome. Sobretudo à noite, aos domingos. Recuperei um jeito de fumar olhando para trás das janelas, vendo o que ninguém veria.

Atrás das janelas, retomo esse momento de mel e sangue que Deus colocou tão rápido, e com tanta delicadeza, frente aos meus olhos há tanto tempo incapazes de ver: uma possibilidade de amor. Curvo a cabeça, agradecido. E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir medo.
O Estado de S. Paulo, 22/04/86.

01 December 2005

All i want for xmas...


Fala, littles!

Como isso aqui está muito parado, resolvi postar essa música, que pode parecer exagerada, mas que nem por isso deixa de ser fofa...
Kisses para vocês!!!

ALL I WANT FOR CHRISTMAS IS YOU

I don't want a lot for Christmas
There is just one thing I need
I don't care about the presents
Underneath the Christmas tree
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you

I don't want a lot for Christmas
There is just one thing I need, and I
Don't care about the presents
Underneath the Christmas tree
I don't need to hang my stocking
There upon the fireplace
Santa Claus won't make me happy
With a toy on Christmas day

I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you

I won't ask for much this Christmas
I won't even wish for snow, and I
I just want to keep on waiting
Underneath the mistletoe

I won't make a list and send it
To the North Pole for Saint Nick
I won't even stay up late
To hear those magic reindeer click

'Cuz I just want you here tonight
Holding on to me so tight
What more can I do
Oh, Baby all I want for Christmas is you

All the lights are shining
So brightly everywhere
And the sound of childrens'
Laughter fills the air

And everyone is singing
I hear those sleigh bells ringing
Santa won't you bring me
The one I really need
Won't you please bring my baby to me quickly, yeah

Ohh ohh, I don't want a lot for Christmas
This is all I'm asking for
I just want to see my baby
Standing right outside my door

Ohh ohh, I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
Oh, Baby all I want for Christmas is you, you ooh, baby
All I want for Christmas is you
[Mariah Carey]

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ps: o melhor de tudo é saber que Papai Noel não existe, mas temos um Pai Celeste que realmente existe e para o qual também existimos... que tem o melhor presente para as nossas vidas em todos os dias do ano... :)